Recognising fraud: where are your blind spots?

Recognising fraud: where are your blind spots?

(versão em português abaixo)

From our work with clients, we know there’s quite a gap between the incidence of reported economic crime and the reality. This year, 49% of respondents to PwC’s Global Economic Crime and Fraud Survey said their organisation had been the victim of fraud or economic crime. That’s up from 36% in 2016, but we expect the figure is higher.

The increase can be explained by a greater awareness of fraud globally within a higher number of survey responses (more than 7,200 across 123 territories). Companies are putting more money and effort into fraud and corruption compliance programs as a result of increased oversight from anti-money laundering regulation in financial services.

Indeed, 42% percent of respondents said they had increased spending to combat fraud and economic crime in the past two years; but in spite of this investment, there’s no doubt that blind spots exist. Almost daily the headlines tell us about what’s in front of our noses but still goes undetected: senior executives in a range of sectors face prosecution for their roles in large-scale criminal deceptions. Here in Brazil, corruption prosecutions have reached the highest levels of politics and business.

Know where to look

A useful place to start is to define what we mean by fraud and economic crime. Our survey covered: asset misappropriation, accounting, tax and procurement fraud, bribery and corruption, business conduct, anti-trust law infringement, cybercrime including data theft, consumer fraud (such as credit card or mortgage fraud), human resources fraud, intellectual property theft, insider trading and money laundering.

Spending money on disparate programs in order to play catch-up with regulation means companies are missing the chance to prevent all these types of offences in a proactive way. The first step to doing so is a fraud risk assessment, which will identify the areas of greatest risk.

Only 54% of survey respondents had carried out a general fraud or economic crime risk assessment in the last two years. Yet knowing where vulnerabilities lie (a specific geography or business process, for example) means using money and resources more effectively.

Some of the most interesting numbers to come out of the survey back this up: globally more than half of fraud and economic crime is now committed internally (52%, up from 46% in 2016) and 24% of those offences were carried out by senior managers, compared with 16% two years ago.

Of the frauds committed externally (including hacking), 68% were carried out by “frenemies” – people the company had chosen to do business with such as agents, vendors, service providers and customers. This is of particular importance to industries such as pharmaceuticals, which rely on an external network of distributors and sales teams to get their products to customers.

Use knowledge to your advantage

Armed with better information on what the threats are and where they lie, companies should direct their fraud spending in three ways:

  • Know who you’re dealing with: Company leadership have a responsibility to carry out thorough background checks on everyone who joins the company.
  • Establish clearly what is and what is not acceptable, and transmit those values and expectations to all employees and third parties. In addition, make everyone aware of the potential sanctions.
  • Monitoring: regular checks on standards of conduct are vital. New technologies allow continuous real-time monitoring.

Recognise and then report

A final vital part of recognising fraud is ensuring employees have confidence that when they report wrongdoing, they will be supported and there will be no retaliation from senior staff. It’s a challenge for smaller companies where all reporting lines go through the CEO, but it’s in the best interests of the business if governance bodies are clearly segregated from management, so they have the independence to investigate anyone in the company, right up to CEO level.

The benefits of providing such protection are clear: some 27% of survey respondents who had experienced a fraud said the initial form of detection came from corporate culture, which includes tip-offs and whistleblowing hotlines. This trend also has political support: protection for whistle-blowers has been strengthened in the U.K., with new measures being examined by lawmakers in Australia and Canada.

In the U.S., economic incentives for whistle-blowers have been very successful. The Securities and Exchange Commission’s whistle-blower program attracted tips from 95 countries as well as all 50 states, in the five years after it was established in 2011.

Most people want to be ethical, and want to live and work in an environment free from fraud and corruption. Unfortunately, these activities will never be fully eliminated but companies can minimise their blind spots by taking preventative action: learning more about the specific risks they face, having clear sanctions and supporting better reporting mechanisms.

Learn more about how to recognise fraud when you see it in PwC’s report.

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Reconhecendo a fraude: onde estão seus pontos cegos?

Pelo próprio trabalho com os nossos clientes, sabemos que existe uma disparidade grande entre o índice de crimes econômicos relatados e a realidade. Este ano, 49% dos participantes da Pesquisa Global sobre Fraudes e Crimes Econômicos da PwC disseram que suas organizações foram vítimas de fraude ou crime econômico, bem mais que os 36% registrados em 2016, mas acreditamos que o percentual seja ainda maior.

Esse aumento pode ser explicado por uma consciência global maior sobre a fraude entre os integrantes de uma amostra ampliada que obtivemos para a nossa pesquisa (mais de 7.200 participantes de 123 países). As empresas estão investindo mais dinheiro e esforço em programas de compliance contra a fraude e a corrupção, como consequência do aumento da supervisão regulatória contra a lavagem de dinheiro no segmento de serviços financeiros.

De fato, 42% dos participantes disseram ter aumentado os gastos com o combate à fraude e ao crime econômico nos últimos dois anos. Apesar desse investimento, no entanto, os pontos cegos continuam. Quase diariamente, as manchetes estampam o que está diante dos nossos olhos, mas insistimos em não ver: altos executivos de vários setores enfrentam ações judiciais por sua participação em fraudes de grandes proporções. No Brasil, os processos de corrupção atingiram políticos e executivos do alto escalão.

Saiba onde procurar

Um bom ponto de partida é definir o que entendemos por fraude e crime econômico. Nossa pesquisa abrangeu: roubo de ativos, fraude contábil, fiscal e relacionada a compras, suborno e corrupção, má conduta empresarial, violação de leis antitruste, crimes cibernéticos (incluindo roubo de dados), fraude cometida pelo consumidor (com cartão de crédito ou hipotecas, por exemplo), fraude de recursos humanos, roubo de propriedade intelectual, uso de informações privilegiadas e lavagem de dinheiro.

Gastar dinheiro com programas diferentes para manter-se atualizado em relação à regulamentação significa que as empresas estão perdendo a chance de prevenir todos esses tipos de delitos de maneira proativa. O primeiro passo para isso é fazer uma avaliação de riscos de fraude que identifique as áreas de maior exposição.

Apenas 54% dos participantes da pesquisa tinham realizado uma avaliação geral de riscos de fraude ou crime econômico nos últimos dois anos. Sabemos, no entanto, que, para usar dinheiro e recursos com mais eficiência, é preciso entender onde estão as vulnerabilidades (um local ou um processo de negócios específico, por exemplo).

Alguns dos números mais interessantes da pesquisa confirmam isso: no mundo, mais de metade das fraudes e dos crimes econômicos são cometidos internamente (52%, acima dos 46% de 2016), e 24% desses delitos são praticados por gerentes seniores, em comparação com 16% há dois anos.

Das fraudes cometidas externamente (incluindo a ação de hackers), 68% foram realizadas por “falsos amigos” – pessoas com quem a empresa escolheu fazer negócios, como agentes, fornecedores, provedores de serviços e clientes. Isso tem especial importância para setores como o farmacêutico, que dependem de uma rede externa de distribuidores e equipes de vendas para levar seus produtos aos clientes.

Use o conhecimento em seu benefício

Armadas com informações melhores sobre quais são as ameaças e onde elas estão, as empresas devem direcionar seus gastos para o combate a fraudes de três maneiras:

  • Saber com quem estão lidando: a liderança da empresa tem a responsabilidade de realizar verificações completas de todos os que passam a integrar a empresa.
  • Estabelecer claramente o que é aceitável ou não e transmitir esses valores e expectativas a todos os funcionários e terceiros. Além disso, informar a todos as possíveis sanções.
  • Monitoramento: é essencial verificar regularmente os padrões de conduta. Novas tecnologias permitem o monitoramento contínuo em tempo real.

Reconheça e depois denuncie

Outra parte essencial do reconhecimento da fraude é assegurar que os funcionários confiem que, ao denunciarem uma irregularidade, eles receberão apoio e não sofrerão retaliação dos superiores. Isso é um desafio para as empresas menores, nas quais todas as linhas hierárquicas chegam ao CEO, mas é do interesse de toda empresa que os órgãos de governança sejam claramente segregados da administração. Assim, eles têm a independência necessária para investigar qualquer pessoa na organização até o nível do CEO.

As vantagens de fornecer essa proteção são claros: 27% dos participantes que foram vítimas de fraudes disseram que a forma inicial de detecção estava vinculada à cultura corporativa, o que inclui canais de denúncias e delação (interna ou externa). Essa tendência também tem apoio político: a proteção aos delatores foi reforçada no Reino Unido e novas medidas estão sendo examinadas por legisladores na Austrália e no Canadá. 

Nos EUA, os incentivos econômicos para delatores alcançaram bons resultados. O programa de denúncias da Securities and Exchange Commission (SEC) recebeu informações de 95 países e de todos os 50 estados norte-americanos durante os primeiros cinco anos após sua criação, em 2011.

A maioria das pessoas quer agir de forma ética e viver e trabalhar em um ambiente livre de fraudes e corrupção. Infelizmente, esses delitos nunca serão totalmente eliminados, mas as empresas podem reduzir seus pontos cegos por meio de algumas ações preventivas: aprendendo mais sobre os riscos específicos a que estão expostas, estabelecendo sanções claras e apoiando mecanismos de denúncia melhores.

Saiba mais sobre como reconhecer a fraude neste relatório da PwC.




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